Confundir velocidade em “megas” com “megabytes por segundo”, nunca atualizar o roteador e instalar equipamentos em locais contraindicados são alguns erros comuns com o Wi-Fi. A seguir, essas e outras práticas relacionadas a configuração, uso e manutenção de redes sem fio que podem comprometer a velocidade da sua internet.
1. Velocidade em “megas” – É comum associar a velocidade em “megas” do plano de Internet com a ideia de “megabyte”, uma unidade de medida comum no cotidiano para se referir ao tamanho de um arquivo. Nessa leitura equivocada, contratar um plano de “100 megas” com a operadora equivaleria a uma conexão de Internet com largura de banda de 100 MB/s (megabytes por segundo).
A questão é que o seu plano de internet é medido em outra escala. A largura de banda — móvel ou fixa — é medida em megabits (Mb), cuja relação de equivalência com o megabyte (MB) é medida em oito para um. Em resumo, cada megabyte vale oito megabits: um plano de Internet de 100 “mega” equivale à velocidade de 12,5 megabytes por segundo.
2. Deixar a senha padrão de acesso ao roteador – Outro erro comum é o hábito de não mudar a senha de administrador do roteador que providencia acesso aos dispositivos. Por padrão, esses aparelhos podem sair de fábrica com uma senha comum a todos eles e bastante genérica. Caso não seja alterada pelo consumidor, ela acaba virando porta de entrada para invasores, sejam eles simplesmente curiosos, eventuais vizinhos com acesso à sua internet, ou mesmo criminosos.
3. Nunca reiniciar o roteador – Um roteador é um tipo de computador extremamente especializado: ele tem capacidade de entrada e saída de dados, comunicação com o mundo externo, permite interação com um operador, tem seu processador interno, memória RAM etc. Como todo computador, ele está sujeito a fatores que degradam sua performance com o tempo.
Em roteadores mais simples e antigos, o hábito de reiniciar o equipamento ou desligá-lo quando não estiver em uso pode ser suficiente para reestabelecer conectividade de rede mais estável e rápida. Além disso, deixar o equipamento desligado ajuda a prolongar a vida útil, além de economizar energia elétrica.
4. Mal posicionamento de roteadores/repetidores no ambiente – O sinal de rede Wi-Fi nada mais é do que um sinal de rádio de curto alcance e que, por uma série de questões físicas, encontra grande dificuldade em superar alguns tipos de obstáculos, sobretudo lajes, paredes mais reforçadas e corpos. Por isso, é interessante que, em caso de má cobertura e instabilidade de sinal a curtas distâncias, o usuário reavalie o posicionamento do roteador em busca de um local mais privilegiado.
5. Nunca fazer upgrade de roteador – Roteadores são equipamentos de alta durabilidade e é comum que uma unidade fique em operação por anos a fio, 24 horas por dia, sem dar nenhum problema. O lado ruim de tanta resistência é que usuários mais desatentos podem acabar deixando de fazer atualizações de firmware.
O termo se refere a algo que pode ser descrito como o sistema operacional interno do aparelho e é comum que fabricantes liberem novas atualizações com o tempo. Essas correções implementam melhorias de segurança, novas funcionalidades e podem melhorar o desempenho geral do equipamento.
6. Velocidade máxima real e taxa máxima de transferência – Roteadores podem ser classificados a partir de vários critérios e um deles é a taxa máxima de transferência de dados por segundo estimada por um fabricante. Um roteador Wi-Fi 6 de boa qualidade hoje pode encaixar numa classificação como 1600AX — algumas marcas até usam termos assim na nomenclatura de seus produtos, fazendo referência ao padrão de sexta geração (AX) e ao máximo que o fabricante promete de velocidade. Nesse caso, 1.600 Mb/s (megabits por segundo).
A questão é que essa velocidade toda de transferência para o Wi-Fi é medida em condições de laboratório e que não são viáveis no uso doméstico, algo que acaba resultando em velocidade de Wi-Fi menor, na prática.
7. Redes públicas – Redes públicas são um fator de risco sobretudo à sua segurança e você precisa considerar com cuidado o uso de seus dispositivos nesses ambientes, evitando ao máximo realizar operações que possam expor seus dados sensíveis a eventuais invasores.