Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, identificou uma relação entre a alimentação das crianças e o conteúdo infantil disponibilizado nas redes sociais.

De acordo com os resultados divulgados na última segunda-feira (4), na publicação científica Pediatric, vídeos no YouTube e no Instagram postados por influenciadores podem induzir ao consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos.

Os pesquisadores usaram como amostragem 178 crianças, com idades entre 9 e 11 anos, e divididas de maneira aleatória em três grupos.  

Um grupo de crianças assistiu aos vídeos de influenciadores digitais sobre comidas não saudáveis. Outro grupo assistiu aos vídeos sobre alimentos saudáveis. Um terceiro, o grupo controle, não teve contato com vídeos que tratavam de alimentos.

Na etapa seguinte, as crianças puderam escolher quais alimentos queriam comer. Quem teve contato com vídeos sobre alimentos não saudáveis consumiu 26% mais calorias do que a média dos outros dois grupos.

Em comparação direta entre o grupo que assistiu aos vídeos sobre conteúdos de alimentos não saudáveis com o de vídeos com comidas saudáveis, houve um consumo 32% maior de calorias.

Os pesquisadores não registraram diferença significativa no consumo de calorias entre o grupo que assistiu a conteúdos sobre alimentos saudáveis e o grupo controle. 

Os pesquisadores reconhecem que o estudo teve como limitação o conteúdo disponibilizado às crianças. Os participantes tiveram contato com dois canais no YouTube ou dois perfis no Instagram e apenas 40% das crianças nunca tiveram contato com os influenciadores escolhidos.

*R7