O YouTube anunciou nesta quarta-feira que vai remover mais vídeos que contenham conteúdo de ódio e de supremacia racial e que proibirá o upload de gravações de negação do Holocausto e de eventos historicamente comprovados. “Hoje, estamos dando outro passo em nossa política, proibindo especificamente os vídeos que alegam que um grupo é superior para justificar discriminação, segregação ou exclusão com base em qualidades como idade, sexo, raça, casta, religião, orientação sexual”, afirmou a empresa em um post em seu blog.

Isso inclui, por exemplo, vídeos “que promovam ou glorifiquem a ideologia nazista, que é inerentemente discriminatória”. “Por fim, removeremos o conteúdo negando que ocorreram eventos violentos bem documentados, como o Holocausto ou o tiroteio no Sandy Hook Elementary”, explicou. A empresa disse que reconhece que parte desse conteúdo tem valor para pesquisadores e ONGs que buscam entender o ódio a fim de combatê-lo, e que está explorando opções para torná-lo disponível para eles no futuro. “E, como sempre, o contexto é importante, por isso, alguns vídeos podem ser mantidos porque discutem tópicos como legislação pendente, objetivam condenar ou expor o ódio, ou fornecer análises de eventos atuais”.

O YouTube afirma que, nos últimos anos, tem investido nos recursos necessários para cumprir sua responsabilidade e proteger a comunidade contra conteúdo nocivo. Em janeiro deste ano, testou uma atualização de seus sistemas nos Estados Unidos para limitar as recomendações e desinformação prejudicial, como “vídeos promovendo uma cura falsa milagrosa para uma doença grave ou alegando que a Terra é plana”. “Estamos buscando trazer esse sistema atualizado para mais países até o final de 2019. Graças a essa mudança, o número de visualizações que esse tipo de conteúdo recebe de recomendações caiu mais de 50% nos EUA. Nossos sistemas também estão se tornando mais inteligentes sobre quais tipos de vídeos devem receber esse tratamento, e poderemos aplicá-lo em vídeos de forma ainda mais simples no futuro”.

Por fim, a empresa afirma que é essencial que seus sistemas de monetização premiem criadores de conteúdo confiáveis ​​que agregam valor ao YouTube. “Temos diretrizes válidas para anunciantes que proíbem que anúncios sejam veiculados em vídeos que incluam conteúdo odioso e os aplicamos com rigor. E, para proteger nosso ecossistema de criadores, anunciantes e espectadores, aumentamos nossos critérios de publicidade em 2017. No caso de incitação ao ódio, estamos fortalecendo a aplicação de nossas políticas existentes do Programa de parcerias do YouTube”.

“Os canais que repetidamente se confrontam com as nossas políticas de incitação ao ódio serão suspensos do Programa de parceiros do YouTube, o que significa que não podem apresentar anúncios no canal ou utilizar outras funcionalidades de rentabilização, como o SuperChat. A abertura da plataforma do YouTube ajudou a criatividade e o acesso à informação a prosperar. É nossa responsabilidade proteger isso e impedir que nossa plataforma seja usada para incitar o ódio, o assédio, a discriminação e a violência. Estamos empenhados em tomar as medidas necessárias para cumprir esta responsabilidade hoje, amanhã e nos próximos anos”, finaliza.

*Correiodopovo